A condromalácia patelar é uma patologia caracterizada pelo desgaste da cartilagem do joelho. Mais especificamente um desgastes da cartilagem da patela e/ou do fêmur. A patela é aquele ossinho de formato triangular que fica bem no meio do joelho, e o fêmur é o osso comprido que fica na coxa. Esses ossos estão conectados, e possuem uma cartilagem em sua superfície que permite que o contato entre os dois tenha menos atrito. Também é conhecida como Síndrome Femoropatelar. Ela se manifesta em jovens adultos, principalmente do sexo feminino em com excesso de peso.
Características da condromalácia patelar
A condromalácia patelar é uma doença caracterizada pela dor anterior no joelho. Em alguns casos estralos e crepitações. Tem causa multifatorial, sendo a hipótese mais comum de sua causa o desalinhamento da patela. Quando o joelho flexiona, a patela se move, e quando ela não está alinhada e não se movimenta na posição adequada. A carga com que um osso (ou no caso, a cartilagem) toca e comprime o outro pode ser maior do que o normal. Isso pode fazer com que a cartilagem dos mesmos fique amolecida e desgastada O que causa um estresse na articulação e faz com que o indivíduo tenha dor!
Tratamento
Normalmente, ao ser diagnosticada a doença, o ortopedista recomendará o tratamento. Normalmente o tratamento inclui o uso de analgésicos, anti-inflamatórios e/ou fisioterapia. A cartilagem não regenera, mas existem alguns tratamentos em estudo que já comprovam melhora no quadro de dor. Existem pesquisas também que apontam que o tratamento, talvez, diminuam o processo de desgaste. São eles o uso de protetor de cartilagem, a infiltração de ácido hialurônico, o PST, entre outros. Em último caso, faz-se cirurgia.
Posso fazer atividade física?
Muitos se perguntam, ‘mas e a atividade física, posso fazer?’ Deve! Mas com algumas restrições, infelizmente! As atividades com impactos não são recomendadas. Mas como depende do grau de evolução da doença (que vai de I a IV), é necessário conferir se o ortopedista aconselha ou não. As atividades com impacto são corrida, pular corda, jogar futebol, voleibol, etc. Em alguns casos, o médico pode solicitar apenas que se diminua a frequência da prática dessas atividades. No entanto, o fortalecimento e o alongamento dos músculos da perna são extremamente recomendados e fazem inclusive, parte do tratamento terapêutico. Portanto musculação, pilates, yoga e aulas
de alongamento são muito bem vindas, quando adequadamente prescritas!
Exercícios físicos na condromalácia patelar
O fortalecimento dos membros inferiores é imprescindível, mas deve ser individualmente prescrito. Pois é necessário se avaliar a evolução da doença. É muito importante adequar os limites de flexão e extensão dos joelhos. Exercícios tão eficientes como o agachamento e o leg press podem ajudar bastante a fortalecer a musculatura anterior da coxa. Mas não podem ser feitos em sua amplitude completa, para evitar estresse desnecessário em uma articulação que já não está mais tão saudável! A prescrição adequada vai depender da avaliação da condição da doença. Quanto mais fortalecidos estiverem os músculos da perna, menor será a chance de sentir dor novamente.
O alongamento é muito benéfico. Deve englobar todos os músculos da perna e, se possível ser feito todos os dias. Os músculos da parte de trás da coxa merecem ênfase, pois seu encurtamento pode levar a um aumento da pressão da patela com o fêmur.
Para quadros mais avançados da doença, no dia-a-dia a limitação de alguns movimentos talvez seja necessária pela dor. No entanto, é recomendado à todos os indivíduos com condromalácia patelar evitar ajoelhar-se, sentar com os joelhos dobrados mais de 90º e/ou cruzando as pernas. Quando necessário ficar muito tempo na posição agachado, é indicado utilizar um banquinho. Cada caso, é um caso, mas o ideal é que exista uma comunicação entre ortopedista-fisioterapeuta-educador físico para melhor resposta aos tratamentos e melhor qualidade de vida do indivíduo.