A obesidade e genética estão relacionadas, porém não podemos colocar toda a culpa do excesso de peso nos nossos genes. Também existe influência de outros fatores para que você ganhe peso. Portanto, será que pessoas com predisposição genética para obesidade são capazes de mudar seu peso?
Continue lendo para saber mais sobre a relação da obesidade e genética e quais são os fatores que você pode mudar para evitar o excesso de peso.
Índice
O que é obesidade?
Influência dos fatores genéticos
Influência dos fatores ambientais
Obesidade e genética: como driblar nossos genes
1. Alimentação
2. Exercício físico
3. Estresse
4. Sono
O que é obesidade?
A obesidade é uma doença crônica e pode ser causa por diversos fatores. É resultado de um conjunto de condições que incluem principalmente fatores genéticos e ambientais, além de fatores físicos, sociais e comportamentais.
Pode ser definida como um excesso de peso caracterizado principalmente por aumento na quantidade de gordura corporal.
Vem crescendo muito nos últimos anos e pode ser associada ao surgimento de diversas doenças crônicas, como diabetes e
hipertensão.
Uma das formas de diagnosticar a obesidade é através do IMC. O IMC é o Índice de Massa Corporal, calculado a partir do seu peso e altura. Uma pessoa está obesa quando seu IMC é maior que 30kg/m2.
O IMC não é uma medida perfeita pois não leva em consideração quantidade de massa muscular e água corporal. Ele é apenas uma relação entre seu peso total e altura.
Essa relação pode está associada com o excesso de gordura corporal, por isso é um índice muito utilizado para indicar excesso de gordura na população. Pode ser utilizado para identificar se seu peso está adequado para sua altura.
Porém, é um índice que não calcula o quanto de gordura corporal a pessoa tem. Por isso, para avaliar individualmente a quantidade de gordura, outros métodos são mais interessantes. Como por exemplo, a avaliação física por dobras cutâneas ou bioimpedância.
Influência dos fatores genéticos
Como dito anteriormente, a obesidade e genética estão relacionadas. Isso pode ser explicado pelo fato da variação no peso das pessoas responder de forma diferente ao mesmo ambiente.
Não se sabe exatamente quais os genes e mutações envolvidas no processo que aumentam a vulnerabilidade das pessoas para a obesidade. Porém, alterações nos genes relacionados ao controle do apetite e ingestão de alimentos tem sido indicados como os principais envolvidos.
Apesar disso, os fatores genéticos ligados a obesidade compreendem apenas uma pequena parcela do risco.
Pessoas com genes ligados a obesidade podem não apresentar sobrepeso, enquanto pessoas que não apresentam esses genes podem estar obesas.
Isso porque a influência dos fatores ambientais, como alimentação e prática de exercícios físicos, é muito maior.
Mesmo que o peso da pessoa não diminua muito, a mudança no estilo de vida fará com que ela seja mais saudável. Evitando assim as complicações da obesidade.
Influência dos fatores ambientais
A genética pode ter um papel importante porém não é a principal responsável pelo surgimento da obesidade.
Os genes envolvidos no excesso de peso aumentam a vulnerabilidade para o desenvolvimento da obesidade nas pessoas apenas quando expostos a um meio ambiente desfavorável.
Os principais fatores ambientais relacionados a obesidade são a alimentação e a inatividade física. Outros fatores como estresse, ansiedade e falta de sono também influenciam no ganho de peso.
Atualmente a maioria das pessoas são sedentárias, o que diminui seu gasto calórico. Além disso, possuem uma alimentação inadequada com consumo aumentado de gorduras e açúcar e excesso de calorias.
Quando o gasto calórico diminui e a ingestão calórica aumenta, nosso corpo armazena esse excesso de calorias na forma de gordura.
Portanto, mesmo na presença ou ausência de fatores genéticos para obesidade devemos estar atentos aos fatores ambientais para evitar o ganho de peso.
Obesidade e genética: como driblar nossos genes
Se você possui fatores genéticos para obesidade, não se preocupe! É possível ter um peso saudável através da mudança nos fatores ambientais.
1- Alimentação
Pessoas com excesso de peso devem focar principalmente na mudança do seu comportamento alimentar. Seguir dietas da moda e muito restritivas não é indicado, o correto é passar por um processo de reeducação alimentar.
Evitar alimentos industrializados são um dos pontos mais importantes. Esses alimentos, além de não serem saudáveis, são ricos em calorias, gorduras e açúcar.
Sua alimentação deve ser baseada em proteínas, gorduras boas, frutas, verduras, legumes e carboidratos ricos em fibras. Tente incluir alimentos termogênicos, eles aceleram seu metabolismo e podem te ajudar a perder peso.
Não esqueça de beber água! Recomenda-se um consumo de 35ml de água para cada quilo de peso corporal por dia. Uma dica para conseguir atingir sua necessidade diária é sempre ter uma garrafinha de água por perto para ir bebendo ao longo do dia.
2- Exercício físico
A prática de exercícios físicos, além de ser muito benéfica para a saúde, te ajudará a perder peso. Isso porque fará você queimar calorias, te ajudando a entrar em déficit calórico.
Déficit calórico é quando gastamos mais calorias do que comemos. Condição essencial para quem quer perder peso.
3- Estresse
Os hormônios também são grandes influenciadores do ganho de peso e quando estamos estressados podemos desregular sua produção.
O cortisol, hormônio do estresse, quando aumentado pode atrapalhar o processo de perda de peso já que aumenta os níveis de insulina. A insulina é um hormônio que aumenta a sensação de fome e impede a queima de gordura pelas células.
Além disso, um estudo encontrou associação entre maior estresse com comportamentos alimentares poucos saudáveis e consequentemente maior peso corporal.
Por isso é importante tentar ao máximo levar uma vida mais tranquila. Para isso você pode incluir atividades de lazer no seu dia a dia, como o exercício físico, que também te ajudará a perder peso como explicado no tópico anterior.
4- Sono
Dormir o suficiente é extremamente importante para quem quer perder peso pois a privação de sono tem sido associada ao ganho de peso. Isso porque dormir pouco pode aumentar seu apetite, elevar os níveis de cortisol, desacelerar seu metabolismo e levar a uma perda de massa magra.
Assim, organize sua rotina de uma forma que você consiga se deitar sempre no mesmo horário.
A quantidade de sono necessária por noite varia entre as pessoas. Porém, estudos observam alterações no peso quando dormimos menos que 7h por noite.
Concluindo…
- A obesidade e genética estão relacionadas, porém a influência dos fatores ambientais é muito maior.
- Mesmo pessoas com herança genética para obesidade podem ter um peso saudável através de mudanças no estilo de vida, como alimentação e prática de exercícios físicos.
Tainá Carvalho – Nutricionista | CRN 34890 Tainá Carvalho – Nutricionista | CRN 34890 NOTA SOBRE A AUTORA: A Nutricionista Tainá Carvalho é Nutricionista Esportiva com formação pela USP – Universidade de São Paulo, possui especialização em Nutrição Aplicada ao Exercício Físico pela EEFE-USP, Possui Especialização em Fitoterapia, especialização em Transtornos Alimentares pelo AMBULIM – IPq/HCFMUSPfoi Nutricionista da Equipe de Vôlei Feminino do SESI-SP.