Existe uma relação entre a prática de exercício físico e saúde mental.
Saúde mental é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de responder com suas próprias habilidades a situações rotineiras de forma satisfatória.
Diversos fatores podem influenciar e modular o humor e a saúde mental de uma pessoa e, uma delas, é o exercício físico.
Leia tudo sobre este assunto nesse post.
Índice
Exercício físico e saúde mental: hormônios do bem-estar
Exercício e neuroplasticidade
Exercício físico e cognição
Exercício e prevenção de doenças neurodegenerativas
Conclusão
Exercício físico e saúde mental: hormônios do bem-estar
Não é novidade que o exercício físico tem um impacto muito positivo para promover bem-estar e, um dos grandes responsáveis por isso são os neurotransmissores liberados em sua realização.
A endorfina é um dos mais famosos e, além de outras funções, aumenta a sensação de bem estar. O neutrotransmissor dopamina também atua ajudando a controlar as emoções e o humor.
Alguns estudos mais recentes apontam que um neurotransmissor chamado de endocanabinóide, atuando conjuntamente com a endorfina, possa causar aquela sensação de euforia após uma sessão de treino.
Exercício e neuroplasticidade
Em se tratando da saúde de nossos neurônios, o exercício físico também é promotor da neuroplasticidade.
Isso significa que ele é capaz de mudar a estrutura e a função de nossos neurônios em resposta a estímulos internos e externos, através de novas conexões nervosas, o que se traduz em melhor aptidão de aprender e desenvolver novas habilidades.
O exercício físico aumenta a liberação de uma proteína chamada de fator de crescimento vascular cerebral (BDNF). Essa proteína, em maiores níveis no sangue, atua nos neurônios estimulando vias de sinalização, que resultarão em melhor ativação da neuroplasticidade.
Exercício físico e cognição
O exercício também contribui para o bom funcionamento do cérebro devido a um aumento do número de sinapses, ou seja, a transmissão de um impulso nervoso.
Traduzindo, o impulso nervoso é uma informação, uma mensagem que deve ser transportada de um neurônio para outro(s) neurônio(s) vizinho(s), até que se produza uma resposta do organismo (que pode ser qualquer tipo de ação, desde de, a contração de um músculo, até a liberação de uma enzima).
Essa melhor comunicação entre duas ou mais células nervosas, ajuda a reduzir sua morte celular, processo natural que ocorre ao longo da vida, que não podemos impedir, mas a qual a atividade física tem o poder de reduzir a velocidade na qual as perdemos.
Graças ao aumento da frequência cardíaca que ocorre na atividade física, há um aumento da oxigenação das células do nosso corpo.
Nosso cérebro também se beneficia desse maior aporte de oxigênio para nossas funções cognitivas, tais como a melhora da memória, raciocínio e ações.
Inclusive, sabe-se que quanto melhor é a condição cardiorrespiratória de uma pessoa, maior é o volume de uma região do cérebro denominada de hipocampo.
Essa é a região que tem a maior capacidade de fazer novas conexões nervosas, consequentemente, isso se reproduz com o aumento da memória.
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Exercício e prevenção de doenças neurodegenerativas
A atividade física é capaz de prevenir e tratar doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson, Esclerose Múltipla e o acidente vascular cerebral (AVC), além de retardar o surgimento da demência.
Dentre os transtornos mentais mais comuns no Brasil estão a depressão e a ansiedade, que podem se beneficiar amplamente utilizando o exercício físico como parte do tratamento.
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Conclusão
O exercício físico propicia a liberação de hormônios que são capazes de contribuir em diversos aspectos, dentre eles:
- redução do estresse
- melhora o humor
- aumento da sensação de bem estar
- aumento da auto confiança
- melhora o raciocínio e a memória
- reduz a perda de neurônios ao longo da vida, reforçando a saúde cerebral e mental!
Por Personal Trainer Jennifer Áquila
NOTA SOBRE O AUTOR:
A personal trainer Jennifer Áquila, CREF 062048-G/SP, é bacharel em Educação Física pela UNESP – Rio Claro. Especializada em Fisiologia do Exercício pelo CEFE – UNIFESP e, em Biomecânica do Exercício pelo CEFIT.