Você já ouviu falar sobre os benefícios do ginseng para corrida? Apesar de não ser o suplemento mais utilizado por corredores, essa raiz é vista como um suplemento para melhora da performance esportiva.
Por isso, nesse post foram analisados estudos a respeito dos efeitos do ginseng – na fadiga, desempenho e recuperação pós treino ou provas de resistência, como é o caso das corridas, confira!
Índice
O ginseng para corrida realmente pode ajudar?
Origem
Eficácia
Tipos de ginseng
Influência do ginseng na redução da fadiga
Como suplementar o ginseng?
Conclusão
O ginseng para corrida realmente pode ajudar?
Origem
Os benefícios do ginseng para corrida são conhecidos há muito tempo, pois à milhares de anos, essa crença, se originou na china em 1061, quando um corredor venceu uma prova após ter feito o consumo de ginseng.
Então, a partir daí tornou-se mais forte a crença de que essa raiz possui propriedades na melhora da performance esportiva.
Eficácia
Mas, ao analisar a literatura nota-se que existem muitos estudos controversos a respeito dos efeitos dessa raiz no desempenho esportivo.
Em um estudo feito em 1991, por exemplo, cinquenta pessoas foram divididas em dois grupos, um deles fez uso de um placebo e o outro de extrato de ginseng. Os resultados desse estudo mostraram redução dos batimentos cardíacos e redução do consumo de oxigênio.
Assim, este fato que pode ser interpretado como melhora na utilização das reservas de oxigênio muscular.
Entretanto, um outro estudo similar feito no Instituto de Defesa e Civil de Medicina Ambiental de Ontário, no Canadá, em que 7 homens e 1 mulher consumiram 8 a 16mg de ginseng por kg de peso, durante 7 dias
Depois, foram submetidos a andar de bicicleta pelo maior tempo possível, conseguindo pedalar por cerca de 62 minutos até atingirem seu VO2 máximo.
Mas, em outro momento os mesmos atletas foram submetidos ao mesmo esforço utilizando um placebo, nesse teste os atletas conseguiram atingir a marca de 66 minutos.
Assim, mostrando que o ginseng não apresentou melhora no desempenho.
Além disso, muitos outros estudos sobre os benefícios do ginseng na melhora da performance apresentam resultados controversos, e até mesmo negativos.
Ou seja, mais estudos precisam ser feitos para comprovar se essas raiz tem ou não relação com a melhora de desempenho esportivo.
A grande controvérsia no resultados dos estudos feitos com ginseng pode estar na escolha do tipo de ginseng a ser utilizado, entenda melhor a seguir.
Tipos de ginseng
O ginseng verdadeiro é a raiz da planta Panax ginseng, essa raiz contém compostos químicos chamados saponinas, que podem ter efeitos semelhantes aos de vários hormônios humanos. Por isso, pode-se considerar essa raiz como fisiologicamente ativa.
Porém, é um desafio escolher o tipo de ginseng, pois dentre as marcas encontradas no mercado podem conter quantidade diferentes de seus compostos, comprometendo assim sua eficácia.
Os mais conhecidos são, por exemplo: o ginseng branco que é feito com raízes descascadas e secas; e o ginseng vermelho que vem de raízes com casca cozidas no vapor. Sendo assim é difícil saber a quantidade de ativo recebida ao suplementar diferentes formulações de ginseng.
Infelizmente ainda não temos pesquisas suficientes que mostrem qual tipo de ginseng é mais eficaz como suplemento esportivo, para melhora de performance na corrida.
Então, o que pode ser levado em consideração ao adquirir esse suplemento é o preço. Pois, como o ginseng é uma raiz cara, opções muitos baratas, não contém ou contêm pouca concentração do composto ativo na maioria dos casos.
Influência do ginseng na redução da fadiga
Ao analisar a composição do ginseng pesquisadores descobriram que os compostos ativos no Panax ginseng pertencem a uma família de de saponinas triterpenóides chamadas de “ginsenosídeos”.
Os ginsenosídeos semostraram capazes de interagir no cérebro na região do hipotálamo-hipófise equilibrando a liberação do hormônio ACTH corticotrópico adrenal.
Hormônio esse capaz de se ligar diretamente às células do cérebro afetando a resposta de estresse do corpo. Podendo assim, retardar a fadiga aumentando o desempenho esportivo.
Outra substâncias que pode ajudar no seu desempenho é a cafeína. Saiba tudo sobre aqui!
Como suplementar o ginseng?
O ginseng é uma raiz considerada segura para o consumo humano, com poucas contraindicações.
Porém, pode não é indicado para pessoas com hipertensão, pois seus componentes em algumas preparações podem aumentar os níveis de pressão arterial.
Outro fato a se atentar, é quanto ao consumo dessa raiz às pessoas que costumam ter hipoglicemia, como ginseng costuma reduzir os níveis de açúcar no sangue, deve ser utilizado com cautela por essas pessoas.
Fora isso, o ginseng é considerado seguro para grande parte das pessoas. Essa erva costuma ser encontrada inteira, em pó, ou em forma de extrato padronizado.
Na forma de extrato padronizado é possível avaliar mais facilmente a qualidade do ginseng. Uma boa opção deve conter conter 4 a 5% de ginsenosídeos para Panax e ginseng americano e 0,5 a 1,0% eleutherosides para ginseng siberiano.
A dose diário recomendada é de 100 a 300mg por 3 a 6 semanas para produzir benefícios, no desempenho esportivo.
Para saber mais sobre como melhorar seu desempenho na corrida, acesse nosso post com 51 dicas para corredores
Conclusão:
- Mais estudos precisam ser feitos para comprovar se essa raiz tem ou não relação com a melhoria de desempenho esportivo.
- A grande controvérsia no resultados dos estudos feitos com ginseng pode estar na escolha do tipo de ginseng a ser utilizado.
- O que pode ser levado em consideração ao adquirir esse suplemento é o preço, como o ginseng é uma raiz cara, opções muitos baratas, não contém ou contêm pouca concentração do composto.
- Pesquisas mostraram que o ginseng pode ajudar a reduzir a fadiga, por ser capaz de estimular a produção do hormônio responsável por reduzir a sensação de cansaço.
Karina Bastos – Estagiária de nutrição
Tainá Carvalho – Nutricionista | CRN 34890
NOTA SOBRE A AUTORA:
A Nutricionista Tainá Carvalho é Nutricionista Esportiva com formação pela USP – Universidade de São Paulo, possui especialização em Nutrição Aplicada ao Exercício Físico pela EEFE-USP, Possui Especialização em Fitoterapia, especialização em Transtornos Alimentares pelo AMBULIM – IPq/HCFMUSPfoi Nutricionista da Equipe de Vôlei Feminino do SESI-SP.