Muitos fatores interferem no processo de ganho de massa muscular, como o treino, o estado emocional, a alimentação e o descanso. Além desses fatores vale a pena levar em conta a relação entre a genética e a hipertrofia muscular.

Cada organismo responde de forma diferente aos estímulos responsáveis pelo ganho de massa muscular, essa resposta está relacionada a herança genética.

Nesse post, você entenderá até que ponto os genes determinam os resultados no processo de hipertrofia muscular, e se é possível controlar esses efeitos.


Índice

A genética e a hipertrofia muscular

Distribuição das fibras musculares

Influência hormonal no ganho de massa muscular

Biotipo corporal

É possível driblar a herança genética na hipertrofia muscular?

Conclusão


A genética e a hipertrofia muscular

A genética e a hipertrofia muscular

A genética exerce papel determinante em grande parte das características corporais, e isso não é diferente quando se trata do processo de hipertrofia muscular.

Características genéticas influenciam desde a capacidade de crescimento muscular até a resistência e a velocidade da recuperação do músculo.  

Inicialmente vale considerar uma substância chamada miostatina, a miostatina é tipo de proteína liberada pelo músculo durante o exercício. Compondo assim um mecanismo corporal que controla a velocidade de alteração muscular.

Com isso, as pessoas que produzem mais miostatina acabam tendo mais dificuldade em ganhar massa muscular. Porém, isso não quer dizer que a miostatina impeça o ganho de massa muscular, ela apenas controla esse ganho.

Além disso outros aspectos genéticos como o perfil hormonal individual, as fibras musculares, o tipo de corpo, podem influenciar o processo de hipertrofia muscular.

Você entenderá melhor esses itens no decorrer desse artigo.

Influência hormonal no ganho de massa muscular

Influência hormonal no ganho de massa muscular

O processo de ganho de massa muscular é chamado de anabolismo, esse processo tem atuação direta de alguns hormônios anabólicos, dentre eles temos o GH (hormônio do crescimento), o estrogênio, a insulina e a testosterona.

A produção desses hormônios pode variar em cada indivíduo por questões genéticas, além da variação de acordo com o gênero.

As mulheres costumam ter uma quantidade menor de testosterona, enquanto os homens possuem normalmente 10 a 20 vezes mais testosterona que as mulheres.

Em contrapartida as mulheres possuem uma quantidade bem maior de estrogênio que os homens.

Além dos hormônios citados existem um outro grupo chamado de hormônios catabólicos. Esses hormônios já possuem o papel inverso, são responsáveis pela quebra de tecido muscular, atrapalhando assim o processo de hipertrofia muscular.

Entre os hormônios catabólicos temos: o cortisol, glucagon, adrenalina e citocinas. Em ambos os casos a produção desses hormônios varia por questões genéticas, ou fatores como estresse. Saiba mais sobre isso no post: Hormônio do estresse e ganho de massa muscular.

Distribuição das fibras musculares

Herança genética e a hipertrofia muscular

O tecido muscular é composto principalmente por dois tipos de fibras: fibras de contração rápida e fibras de contração lenta. A quantidade de cada tipo de fibra presente no tecido muscular é determinada por fatores genéticos.

A distribuição do tipo de fibra muscular pode influenciar diretamente a capacidade de hipertrofia do indivíduo, isso ocorre porque as fibras de contração rápida têm maior poder de hipertrofia do que as fibras de contração lenta.

Portanto, as pessoas que possuem musculatura com mais fibras de contração rápida em determinada parte do corpo têm mais facilidade para ganhar massa muscular nesses locais.

Isso explica bem o fato de que algumas pessoas têm mais facilidade para ganhar massa muscular em determinada parte do corpo, como por exemplo a região superior, e acaba tendo dificuldade para hipertrofiar outras partes do corpo.

Biotipo corporal

Biotipo corporal

O biotipo corporal é um aspecto muito importante no processo de ganho de massa muscular, aspecto esse que não deve ser deixado de lado.

O tipo de corpo é determinado por fatores genéticos. Esses fatores determinam a distribuição de gordura corporal, a quantidade de massa muscular, e a facilidade para perder gordura corporal ou para hipertrofiar. Além de determinar a estrutura corporal.

Por isso, ao definir metas para ganho de massa, e perda de gordura, é preciso ser realista e entender que cada pessoa tem uma estrutura corporal diferente.

Mesmo sabendo que é possível fazer alterações corporais, essas alterações só podem ser feitas naturalmente dentro da capacidade física de cada pessoa. Sendo assim, é importante concentrar seus esforços em busca de sua melhor versão.

É possível driblar a herança genética na hipertrofia muscular?

É possível driblar a herança genética na hipertrofia muscular?

Por mais que a herança genética exerça influência no processo de ganho de massa muscular, ela não é um determinante, e nem deve ser vista como um empecilho no processo de hipertrofia muscular.

Independente da velocidade de resposta, causando o estímulo necessário por meio de um plano de treino bem estruturado, e uma boa alimentação, todos são capazes de ganhar massa muscular independente da genética.

Além disso, saber identificar seus pontos fracos é uma ótima estratégia para definir onde seus esforços precisam ser maiores. Com isso, você saberá usar a genética a seu favor ao ganhar massa muscular!

Conclusão

  • Características genéticas influenciam desde a capacidade de crescimento muscular até a resistência e a velocidade da recuperação do músculo.  
  • O processo de ganho de massa muscular atuação direta de alguns hormônios anabólicos, dentre eles temos o GH (hormônio do crescimento), o estrogênio, a insulina e a testosterona.
  • A distribuição do tipo de fibra muscular pode influenciar diretamente a capacidade de hipertrofia do indivíduo, isso ocorre porque as fibras de contração rápida têm maior poder de hipertrofia do que as fibras de contração lenta.
  • Ao definir metas para ganho de massa, e perda de gordura, é preciso ser realista e entender que cada pessoa tem uma estrutura corporal diferente.
  • Independente da velocidade de resposta, causando o estímulo necessário por meio de um plano de treino bem estruturado, e uma boa alimentação todos são capazes de ganhar massa muscular independente da genética.

Karina Bastos – Estagiária de nutrição

Nutricionista Esportiva Tainá Carvalho

NOTA SOBRE O AUTOR:
A Nutricionista Tainá Carvalho CRN 34.980 é Nutricionista Esportiva com formação pela USP – Universidade de São Paulo, possui especialização em Nutrição Aplicada ao Exercício Físico pela EEFE-USP, Possui Especialização em Fitoterapia, especialização em Transtornos Alimentares pelo AMBULIM – IPq/HCFMUSPfoi Nutricionista da Equipe de Vôlei Feminino do SESI-SP.